Black no PS5: Por que o MELHOR FPS do PS2 NUNCA voltou?

Black no PS5

Se você teve um PlayStation 2, você se lembra do barulho. O som ensurdecedor de uma UZI, a poeira subindo, o cartucho da escopeta voando em câmera lenta, as faíscas… “Black” não era só um jogo, era uma experiência cinematográfica. Lançado em 2006 pela Criterion (sim, a galera do Burnout) e pela EA, ele redefiniu o que a gente achava que o PS2 era capaz de fazer.

Avançamos para hoje. Temos o poder absurdo do PS5, áudio 3D, gatilhos adaptáveis… um hardware que parece ter sido feito para um jogo como “Black”. E aí você digita na PS Store: “B-L-A-C-K”… e não encontra nada.

Afinal, por que Black no PS5 é um sonho que nunca vira realidade? A resposta é frustrante e envolve um mistério que já dura quase duas décadas.

“Black” não está no PS5 (E a culpa não é da Sony)

Vamos tirar o band-aid de uma vez: Não, não dá para jogar Black no PS5.

Ele não está na PS Store. Ele não faz parte do catálogo de clássicos da PlayStation Plus Deluxe/Premium. E, obviamente, seu disco original de PS2 não vai funcionar (já que o PS5 não tem retrocompatibilidade com o PS2).

Mas por quê? A Sony não está colocando um monte de jogo de PS2 no catálogo? Sim, mas “Black” vive num limbo jurídico e comercial.

O Inferno das Licenças: A Verdadeira Morte de “Black”

O maior motivo para “Black” ter desaparecido tem nome: licenciamento de armas.

“Black” era famoso pelo seu realismo. Ele não tinha armas inventadas. Ele usava nomes, modelos e sons de armas reais: a UZI, a AK-47, a M16, a SPAS-12… Naquela época (2006), licenciar armas para jogos era “normal”.

Hoje, o cenário é outro. O custo para renovar essas licenças para um simples remaster seria astronômico. Pior: muitas fabricantes de armas, por questões de imagem e política, pararam completamente de licenciar suas marcas para videogames.

Sem as armas reais, “Black” perde metade da sua identidade. Fazer um remaster significaria renegociar dezenas de contratos caríssimos ou, pior, substituir as armas clássicas por versões “genéricas”, o que mataria a nostalgia. A EA (dona do jogo) provavelmente olhou para o custo disso e pensou: “Não, obrigado”.

É o mesmo motivo que faz jogos antigos de Need for Speed (licença de carros) ou GTA (licença de músicas) sumirem das lojas digitais.

O “Sucessor Espiritual” que matou a franquia

“Ok, se um remaster é difícil, por que não um remake ou uma sequência?”

Boa pergunta. E a resposta tem nome: “Bodycount”.

Em 2011, os principais criadores de “Black” saíram da Criterion, fundaram um novo estúdio (Codemasters Guildford) e prometeram criar o “sucessor espiritual” de “Black” para o PS3 e Xbox 360. O jogo se chamava Bodycount.

O hype era gigante. E o tombo foi maior ainda. O jogo foi um desastre de crítica e vendas. Era raso, problemático e não tinha 10% do carisma do original. Bodycount foi um fracasso tão grande que ele não apenas matou o estúdio (que fechou logo depois), como também provavelmente matou a vontade da EA de investir um centavo a mais nessa fórmula.

Para os executivos, a lição foi: “O público não quer mais esse tipo de FPS focado só em tiro e destruição. A moda agora é Call of Duty.”

Qual a ÚNICA esperança de vermos “Black no PS5”?

Sendo brutalmente honesto? A chance é quase zero.

A única forma de jogar “Black” em um console moderno, ironicamente, é no “lado verde”. O jogo faz parte do programa de retrocompatibilidade do Xbox (Series X/S e One). Dói dizer, mas eles fizeram o dever de casa e conseguiram resolver essas licenças antigas.

Para nós, no “Planeta PlayStation”, a única luz no fim do túnel seria:

  1. Emulação na PS Plus Deluxe: A Sony teria que adicionar o God of War 1 (de PS2) ao catálogo via emulação nativa (download), e não streaming.
  2. Um Acordo com a EA: A EA teria que liberar o “Black” para esse serviço, e ainda assim resolver a pendenga das licenças de armas.

A chance disso acontecer é minúscula. A EA está focada em Battlefield e Apex Legends. A Criterion está ocupada fazendo Need for Speed. “Black” virou aquela lenda, aquele clássico cult que ficou preso no passado glorioso do PS2.

Um sonho que segue impossível

É triste dizer, mas a busca por Black no PS5 termina aqui, com as mãos vazias. O jogo foi vítima de uma combinação terrível: um pesadelo de licenciamento de armas e um sucessor espiritual que foi um tiro no pé.

Resta a nós, os órfãos de “Black”, guardar o PS2 com carinho ou torcer por um milagre.

E você? Qual sua melhor memória de “Black”? Aquele tiroteio na ponte? A fase da fazenda? Comenta aí o que você mais sente falta desse clássico!

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