A História da PlayStation COMPLETA: Da Traição da Nintendo ao Domínio do PS5

História da PlayStation

Tudum… O logo branco em um fundo preto. O som. Para bilhões de pessoas, esse é o som de uma era. É o som de Final Fantasy, de God of War, de The Last of Us, de GTA. A marca “PlayStation” transcendeu o mundo dos games; ela virou sinônimo de “videogame”.

Mas a história da PlayStation não começa com um plano genial da Sony para dominar o mundo. Ela começa, como muitas grandes histórias, com uma humilhação pública.

O Começo de Tudo: A Traição que Criou um Império

Nos anos 80 e início dos 90, o mercado de games tinha duas donas: Nintendo e Sega. A Sony era só a “empresa do Walkman”. Mas um jovem engenheiro da Sony, chamado Ken Kutaragi (guarde esse nome, ele é o “Pai do PlayStation”), tinha uma obsessão: ele via o futuro nos gráficos 3D e na mídia em CD.

A Sony fez uma parceria com a Nintendo para criar um drive de CD para o Super Nintendo: o “SNES-CD”, ou “Play Station” (separado mesmo). Estava tudo certo. Contratos assinados.

Até a CES (Consumer Electronics Show) de 1991.

A Sony subiu ao palco e anunciou seu projeto. No dia seguinte, a Nintendo subiu ao mesmo palco e, numa das maiores traições da história corporativa, anunciou que estava cancelando o contrato com a Sony e se unindo à Philips.

A Sony foi humilhada. Ken Kutaragi ficou furioso. O presidente da Sony na época, Norio Ohga, em vez de engolir o prejuízo, deu a ordem que mudaria o mundo: “Não vamos desistir. Usem tudo que aprendemos. Vamos criar o nosso console. E vamos fazê-lo para destruir a Nintendo.”

A vingança estava em movimento. A história da PlayStation começava ali.

PlayStation 1 (PS1): A Revolução 3D que Matou os Cartuchos (1994)

PlayStation 1

Kutaragi e sua equipe pegaram o protótipo do “SNES-CD” e o transformaram em um monstro 32-bit. Enquanto a Nintendo (com o N64) e a Sega (com o Saturn) ainda flertavam com cartuchos caros, a Sony apostou tudo em duas coisas: gráficos 3D e CDs.

Por que o CD foi o “pulo do gato”?

  1. Custo: Era ridiculamente mais barato de produzir que um cartucho.
  2. Armazenamento: Um CD tinha 650 MB. Um cartucho de N64 mal chegava a 64 MB.

Isso permitiu jogos com horas de cutscenes (CGs), áudio de qualidade de CD e mundos gigantescos. Mas o golpe final da Sony não foi técnico; foi no marketing.

Na E3 de 1995, a Sega anunciou o preço do seu novo console, o Saturn: “$399 dólares”. Horas depois, o executivo da Sony, Olaf Olafsson, subiu ao palco, foi até o púlpito, disse apenas “$299” e foi embora, sob aplausos ensurdecedores. Foi o “mic drop” que selou o destino da geração.

A Sony não mirava nas crianças. Ela mirava no público adolescente e adulto, com jogos “maduros” como Resident Evil e Tomb Raider. E então, ela deu o tiro de misericórdia na Nintendo: ela “roubou” a franquia que era da Nintendo, Final Fantasy. Final Fantasy VII foi o jogo que vendeu o PS1 para o mundo. A vingança de Kutaragi estava completa.

PlayStation 2 (PS2): O Domínio Absoluto (2000)

PlayStation 2

Se o PS1 foi uma vingança, o PS2 foi a dominação mundial. A Sony não lançou um console; ela lançou um “Cavalo de Troia” na sala de estar das pessoas.

O truque? O PlayStation 2 era o leitor de DVD mais barato do mercado.

Em 2000, um player de DVD decente custava uma fortuna. A Sony chegou e disse: “Por $299, você leva um videogame de última geração que também toca os filmes em DVD que você tanto quer”.

Foi um massacre.

O PS2 não teve concorrência. O Dreamcast (Sega) morreu. O GameCube (Nintendo) e o primeiro Xbox (Microsoft) comeram poeira. O PS2 se tornou o console mais vendido de todos os tempos, com mais de 155 milhões de unidades.

Sua biblioteca é, até hoje, a mais diversa e lendária: GTA: San Andreas (o jogo que definiu uma geração), God of War 1 e 2 (o nascimento de Kratos), Shadow of the Colossus, Metal Gear Solid 2 e 3, Kingdom Hearts, Gran Turismo 3. O PS2 tinha TUDO, para TODOS.

PlayStation 3 (PS3): A Arrogância Quase Fatal (2006)

PlayStation 3

Depois de duas vitórias esmagadoras, a Sony ficou arrogante. E na história da PlayStation, o PS3 é a grande lição de humildade.

Acreditando ser intocável, a Sony cometeu três erros fatais:

  1. O Preço: Na E3 2006, o infame “$599 US Dollars!”. O console era absurdamente caro.
  2. A Arquitetura: Kutaragi criou o “Processador Cell”, uma peça de engenharia genial, mas tão complexa que ninguém conseguia programar para ele direito. Os jogos multiplataforma ficavam piores no PS3.
  3. A Mídia: Apostou no Blu-ray (e ganhou a guerra contra o HD-DVD), mas isso encareceu o produto.

Enquanto isso, a Microsoft lançou o Xbox 360 um ano antes, mais barato, mais fácil de programar e com uma rede online (Xbox Live) muito superior. O PS3 apanhou feio nos primeiros anos.

A Virada (A Redenção): A Sony demitiu Kutaragi (sim, o “Pai”) e mudou a estratégia. Lançou o PS3 Slim (mais barato) e focou no que sabia fazer de melhor: JOGOS.

O fim da vida do PS3 foi a era de ouro dos estúdios da Sony: Uncharted 2 e 3, God of War 3, Killzone 2, e o canto do cisne que calou a boca do mundo: The Last of Us. O PS3 se recuperou e terminou a geração de forma honrosa.

PlayStation 4 (PS4): A Volta ao Trono (2013)

PlayStation 4

A Sony aprendeu a lição. O PS4 foi o oposto do PS3: focado, barato e feito para os desenvolvedores.

Enquanto a Microsoft tropeçava feio na E3 2013, focando em “TV, TV, TV” com o Xbox One, anunciando um Kinect obrigatório e políticas confusas de “sempre online” e “bloqueio de jogos usados”, a Sony subiu ao palco e, mais uma vez, venceu a guerra em um único dia.

Eles anunciaram um preço $100 mais barato e soltaram o vídeo lendário de “Como compartilhar jogos no PS4” (era só um cara entregando a caixa do jogo para outro). Foi o prego no caixão da concorrência.

O PS4 foi a “Máquina de Obras-Primas”. A Sony aperfeiçoou sua fórmula de jogos de aventura em terceira pessoa, focados em narrativa, e entregou clássico atrás de clássico: Bloodborne, God of War (2018), Uncharted 4, Marvel’s Spider-Man, Horizon Zero Dawn, Ghost of Tsushima e The Last of Us Part II. Foi um domínio absoluto, do início ao fim.

PlayStation 5 (PS5) e o Futuro: A Era da Imersão (2020)

PlayStation 5

E chegamos aos dias de hoje. A história da PlayStation continua com o PS5. O salto aqui não foi só gráfico; foi de sensação.

O PS5 é definido por duas coisas:

  1. O SSD Mágico: O fim das telas de loading. Viagens rápidas são instantâneas.
  2. O DualSense: O controle que te faz “sentir” o jogo, com gatilhos que travam e vibrações que imitam chuva, passos, tudo.

Mesmo com um lançamento caótico no meio de uma pandemia e uma crise de semicondutores (2020-2022), o PS5 se tornou um sucesso estrondoso. Agora, em 2026, com o PS5 Pro no mercado e o mundo aguardando GTA 6 e Wolverine, o console está no auge absoluto de sua força.

A História da PlayStation é Mais que Só Hardware

De uma vingança contra a Nintendo a um ícone cultural de 155 milhões de unidades vendidas. De um processador arrogante a uma máquina focada em jogos. A história da PlayStation é uma montanha-russa de acertos geniais e erros colossais.

Mas, no fim, o legado é um só: o “Planeta PlayStation” foi construído sobre um pilar inabalável: JOGOS. E essa é uma história que ainda está longe de terminar.

E aí, qual capítulo dessa história é o seu favorito? Comenta aí!

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