Fazer uma lista dos 20 melhores jogos de PS2 de todos os tempos não é só difícil. É doloroso.
Estamos falando do console mais vendido da história. O PlayStation 2. O “Monolito Preto”. A máquina que vendeu mais de 155 MILHÕES de unidades. A biblioteca dele não é uma biblioteca; é um universo. Perguntar quais são os melhores é como perguntar quais são as 20 melhores músicas da história. Cada um tem uma lista, e todas estão certas.
Mas aqui no “Planeta PlayStation”, a gente não foge de uma briga. Nós vasculhamos nossa coleção empoeirada, limpamos os discos (com aquela técnica de passar a camiseta, claro) e montamos a lista definitiva.
Esta não é uma lista classificada do 20º ao 1º, porque isso seria impossível e injusto. É um “Hall da Fama”. Um panteão com os 20 titãs que definiram uma geração e fizeram o PS2 ser o rei absoluto. Prepare a nostalgia.
Os Melhores Jogos de PS2: O Panteão dos Titãs
1. Grand Theft Auto: San Andreas

Vamos tirar o óbvio da frente. San Andreas não foi um jogo; foi um fenômeno cultural. Foi um “simulador de vida” disfarçado. O mapa era colossal. A história de CJ, Grove Street, Big Smoke e a traição… “Ah shit, here we go again.” Você podia ir para a academia, ficar gordo, pilotar um caça, roubar um trem, namorar. San Andreas não estava no PS2; ele era o PS2.
2. God of War II

Se San Andreas foi o jogo que definiu a escala, God of War II foi o que definiu o poder. Lançado no fim da vida do console (já em 2007, com o PS3 na rua), este jogo fez o PlayStation 2 suar sangue. Graficamente, é o auge do console. A batalha inicial contra o Colosso de Rodes é, até hoje, uma das melhores aberturas de todos os tempos. O auge da fúria de Kratos.
3. Shadow of the Colossus

Arte. Não há outra palavra. A Team Ico criou uma obra-prima melancólica e solitária. Não tinha fases, não tinha “inimigos” (além dos 16 gigantes), não tinha diálogos. Era só você (Wander), sua égua (Agro) e uma missão trágica para salvar uma garota. Cada colosso era um puzzle e uma batalha moral. Um dos melhores jogos de ps2 e da história, ponto.
4. Metal Gear Solid 3: Snake Eater

Hideo Kojima no seu auge criativo. MGS3 abandonou os corredores de metal dos jogos anteriores e nos jogou na selva soviética. A jogabilidade de camuflagem, a necessidade de caçar para sobreviver e, claro, A ESCADA… A batalha final contra “The Boss” é, possivelmente, o momento mais emocionante da franquia. Obra-prima.
5. Resident Evil 4

O jogo que mudou todos os jogos de ação para sempre. RE4 jogou fora as câmeras fixas e o terror “travado” e inventou a câmera “sobre o ombro” (over-the-shoulder). A ação era perfeita, a ambientação era tensa (“¡Un forastero!”) e o inventário de “maleta” era um mini-game viciante. Um divisor de águas absoluto.
6. Final Fantasy X

O primeiro Final Fantasy com vozes. A risada forçada de Tidus virou meme, mas a história de amor entre ele e Yuna, e a peregrinação para derrotar “Sin”, é uma das mais épicas da série. Foi o JRPG que definiu o PS2 para milhões de pessoas, e o sistema de batalha (CTB) era estratégico e ágil. E claro… BLITZBALL!
7. God of War

O “nascimento” do Fantasma de Esparta. Em 2005, God of War chegou chutando a porta. A brutalidade, as Lâminas do Caos, a escala (lutar contra uma Hidra gigante nos primeiros 10 minutos?). Ele redefiniu a mitologia grega e criou um ícone instantâneo. A raiva de Kratos começou aqui.
8. Silent Hill 2

Enquanto Resident Evil te dava sustos, Silent Hill 2 te destruía psicologicamente. Este não é um jogo de terror; é um estudo sobre luto, culpa e depressão. A névoa, a trilha sonora e, claro, a introdução do “Pyramid Head” (o monstro que era a manifestação da culpa do protagonista) fazem deste o padrão-ouro do terror psicológico.
9. Bully

A Rockstar provou que sabia fazer mais do que GTA. Bully era o “GTA na escola”, mas com um coração que GTA nunca teve. A saga de Jimmy Hopkins para sobreviver na Bullworth Academy, dominando os Nerds, Atletas, Mauricinhos e Greasers, era genial. Ir às aulas, estourar bombinhas, andar de skate… um clássico cult.
10. Kingdom Hearts II

A mistura mais maluca e improvável que deu certo. Final Fantasy + Disney. KH2 pegou a base do primeiro jogo e melhorou em 1000%. O combate era rápido, fluido, e a quantidade de mundos (de O Rei Leão a Piratas do Caribe) era absurda. Pura nostalgia e diversão.
11. Devil May Cry 3: Dante’s Awakening

O primeiro DMC foi bom. O segundo… (não falamos sobre o segundo). Mas DMC3 foi a perfeição do hack and slash. Uma prequel que nos deu um Dante jovem, arrogante e estiloso. O sistema de “Styles” (Trickster, Swordmaster, etc.) e a dificuldade lendária (a versão ocidental era o “Hard” japonês) fizeram deste um dos melhores jogos de ps2 para quem gostava de um desafio.
12. Burnout 3: Takedown

O melhor jogo de corrida arcade de todos os tempos. Ponto. Burnout 3 era sobre velocidade, caos e destruição. A mecânica de “Takedown” (bater nos oponentes para fazê-los capotar) era viciante. A trilha sonora (com My Chemical Romance, Franz Ferdinand) formou o caráter de uma geração. E o “Crash Mode”? Pura arte da destruição.
13. Gran Turismo 4

Se Burnout era o caos, GT4 era a “simulação de verdade”. A quantidade de conteúdo aqui era doentia. Mais de 700 carros, pistas reais e, claro, a autoescola. Você passava horas só tirando as licenças. Era o jogo que fazia você se sentir um piloto de verdade. Graficamente, era outro que espremeu o PS2 até a última gota.
14. Grand Theft Auto: Vice City

Para muitos, o melhor GTA de todos. San Andreas era maior, mas Vice City tinha o estilo. A Miami dos anos 80, as camisas floridas, a trilha sonora com Michael Jackson e “Video Killed the Radio Star”. A história de Tommy Vercetti (inspirada em Scarface) era cinema.
15. Jak and Daxter: The Precursor Legacy

Antes de Uncharted e The Last of Us, a Naughty Dog era a mestre da plataforma 3D. Jak and Daxter era um mundo aberto sem telas de loading (um milagre para a época), com controles perfeitos e um carisma absurdo. Um “Banjo-Kazooie” da Sony.
16. Ratchet & Clank: Up Your Arsenal

A outra dupla dinâmica do PS2. Se Jak era sobre plataforma pura, Ratchet era sobre armas. A Insomniac (de Spider-Man) criou o arsenal mais maluco da história. A “Groovitron” (que fazia os inimigos dançarem) ou a “R.Y.N.O.” (Rip Ya a New One)? Genial.
17. Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty

O jogo mais “hype” e mais polêmico da história. O trailer mostrava o Solid Snake. O jogo final… te dava o Raiden. Kojima “trollou” o mundo, mas no processo entregou uma história complexa sobre desinformação, memes (sim, em 2001!) e controle da informação que é mais relevante hoje do que era na época.
18. Okami

A “pintura” da Capcom. Literalmente. Okami é, possivelmente, o jogo mais lindo do PS2. Com um estilo artístico baseado em aquarela japonesa (sumi-e), você controlava a deusa-loba Amaterasu, que usava um “Pincel Celestial” para interagir com o mundo. Um “Zelda” da Capcom que transbordava arte.
19. Tony Hawk’s Pro Skater 3

A perfeição da fórmula. THPS3 introduziu o “Revert”, o movimento que finalmente permitiu ligar um combo de vert (no half-pipe) com um manual. Isso mudou tudo. Os combos ficaram infinitos. A trilha sonora (Motorhead, Red Hot Chili Peppers) era hino.
20. ICO

O “irmão mais velho” de Shadow of the Colossus. ICO era um jogo de “dar a mão”. Você era um garoto com chifres que precisava guiar Yorda, uma garota-espírito, para fora de um castelo. Você não podia lutar; você só podia puxá-la e protegê-la. Um jogo quieto, atmosférico e que influenciou uma década inteira de design de jogos.
Conclusão: A Geração Insuperável
UFA. E nós deixamos Katamari, SSX Tricky, Sly Cooper, Persona 4 e Guitar Hero de fora!
Fazer uma lista dos 20 melhores jogos de ps2 é isso: é cometer injustiças. Mas esta lista representa o impacto, a inovação e a diversão que fizeram o PlayStation 2 o rei absoluto.
E para você? Qual o seu favorito? Qual crime nós cometemos ao deixar seu jogo amado de fora? Comenta aí!



